Bravery: Rise of The Last Hero – Um jogo para o futuro.
E aí indie gamers, quanto tempo! Estou de volta por essas bandas para falar sobre um jogo brasileiro, isso mesmo, aqui da nossa terrinha, que está na Steam em Acesso Antecipado (Early Access). E até por isso o formato da review está um pouquinho diferente do que geralmente faço.
Bravery é um jogo de RPG com elementos de ação e aventura. E quando recebi o convite para fazer a review do jogo admito que fui com bastante empolgação, pelo pouco que vi na página da Steam Store. Infelizmente minha empolgação não foi recompensada como gostaria. Quer saber o motivo? Então me acompanhe.
O jogo do Magic Dungeon Studio possui uma proposta interessante, mesmo que não inovadora: um herói num mundo aberto medieval fantástico, com grande variação de inimigos, loots, armas e armaduras. As quests estão ali, mas você pode facilmente ignorá-las e explorar o mundo que, pelo que percebi, é bem considerável em seu tamanho.
Primeiros Contatos:
Quando abri o jogo a primeira vez e dei de cara com essa imagem aí de cima, fiquei surpreso com a qualidade da música e a própria atmosfera do jogo parecia muito próxima ao que considero ideal em jogos dessa temática. O protagonista solitário, num acampamento, ao seu redor só a floresta. Uma espécie de zepelim ao fundo, indicando aventuras que já vieram ou ainda virão e a logo ali, como que profetizando meus passos.
Logo após o carregar o jogo, quando cliquei em New Game, o mesmo saiu do modo de tela cheia para modo de janela, sem razão alguma. Busquei as configurações e alterei novamente para full screen, mas quando abri o jogo de novo no dia seguinte a mesma coisa aconteceu, para minha insatisfação.
E aí começaram minhas dificuldades, tentando balancear meu interesse por um jogo que quase com certeza faz meu tipo, com as falhas de um produto em Acesso Antecipado. Então como saber se o jogo é pra você? Essa é fácil, preparei uma detalhada lista de prós e contras!
Os Contras:
Um aviso inicial, os pontos aqui levantados não foram feitos com a intenção de desmerecer o trabalho do estúdio ou “ridicularizar” o jogo. São apenas observações levantadas, algumas mais em forma de opinião, de elementos que precisam ser melhorados. Entendo completamente que o jogo está, repito, em Acesso Antecipado e muitas dessas coisas devem ser corrigidas ou melhoradas.
- O controle do personagem ainda é impreciso. Você só pode caminhar utilizando o botão direito do mouse, não há nenhum suporte no teclado para tornar sua movimentação mais precisa.
- Ainda no âmbito dos controles, o jogo te informa ao inciar que a tecla ‘A’ serve para pegar objetos no chão, ‘E’ para interagir com pessoas e cenário e ‘Espaço’ para atacar na direção que o cursor estiver. Mas curiosamente clicar nos itens também os recolhe, o botão esquerdo do mouse bate na direção que você estiver com o cursor e ‘E’ também é uma das teclas de atalho de habilidades.
- O inventário e a tela de missões abrem com suas telas de atalho, mas fecham apenas com as mesmas, Esc só opera o menu principal. Inclusive com o inventário aberto não consegui mover o personagem, mas consegui tomar dano normalmente.
- Jogo vem com opção para idioma em português e inglês, mas o inglês apresentado é muito aquém do esperado. Esse é um ponto inclusive que percebi diversos comentários negativos na Steam. Praticamente incompreensível.
- Quando a noite chegou simplesmente monstros começaram a vir de todos os lados em ondas e todos eram incrivelmente mais fortes do que eu. Isso foi a primeira noite e depois de ter morrido três vezes para o javali da segunda quest com um ataque só. O balanceamento da dificuldade dos inimigos precisa ser revisto.
- Como dito na imagem, em determinado ponto meu personagem cansou de morrer toda hora no ponto de renascimento e decidiu que agora era imortal.
- Existem alguns pontos cosméticos e de animações, que deveriam estar mais fluidos, mas nada grave.
Os Prós:
Sim, sim, o jogo tem seus pontos positivos e acho que esses estão entre alguns para serem ressaltados:
- Boa trilha sonora. Apesar de achar que a música da abertura é a melhor de todas até agora, as outras músicas que acompanham o jogo fazem jus à atmosfera geral das situações.
- Bons gráficos. Inclusive os mesmos me lembram bastante o 3D de Twinsen’s Odyssey, também conhecido como Little Big Adventure 2. E caso esteja na dúvida, para mim isso é um grande elogio, pois adoro aquele jogo.
- Liberdade na construção do personagem. A cada nível o personagem ganha pontos para distribuir nos atributos principais, Força, Agilidade e Inteligência, e assim pode montar seu personagem conforme desejar se focar.
- Grande variedade de monstros. Apesar de ter conhecido os mesmos com mortes constantes, foi possível reparar que existe uma riqueza na quantidade de inimigos. Lobos (pelo menos 2 tipos), esqueletos, zumbis, vespas, javalis, um tipo de ent azul?, aranhas…
- Igualmente grande variedade de itens. Não cheguei a descobrir o que fazer com eles, excetuando os de recuperação, mas tenho certeza que em algum momento terão sua utilidade.
- Para aqueles que estão atrás disso: Cartas na Steam e Achievements!
Considerações Finais:
Acho que os desenvolvedores ainda tem um certo caminho a percorrer antes que Bravery faça seu Rise. Piadas, infames, a parte, acho que não é demais deixar claro uma última vez que o jogo não está pronto. Então se quiser, faça como eu, e espere a versão final sair.
Se não, vá em frente e ajude o estúdio a tornar essa gema bruta em algo incrível.
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