Global Game Jam 2016, visto por dentro
O Portal Indie Game participou da Global Game Jam, a maior game jam do mundo, ocorrida nos dias 29, 30 e 31 de janeiro. Veja como foi!
Já postamos aqui sobre game jams e sobre a Global Game Jam (GGJ) especificamente, entretanto, iremos agora tratar da GGJ pela perspectiva de um participante do evento.
Suâmi Abdalla-Santos, um dos administradores do Portal Indie Game, passou os dias do evento confinado na Indie House, casa que abriga a sede dos indies Behold Studios, Otus Game Studio e BadMinions, em Brasília. Este artigo será escrito sob sua perspectiva.
Foi muito legal ser recebido e ter passado quase três dias inteiros na casa de estúdios indie notáveis!
A grandeza da Behold, Otus e BadMinions não está só nos jogos desenvolvidos por eles, mas também na receptividade e dedicação à cena indie.
Afinal, quem é doido de receber mais de 50 pessoas em sua casa, muitos desconhecidos, bancar alimentação, água, luz, piscina e mordomias para esse povo todo, e não exigir nada em troca? Bem, eles são!
Cheguei lá com meu parceiro da Uruca Games, Philippe Lepletier. De início, iríamos fazer um game sozinhos, mas eu não estava muito no humor de programar, queria arriscar uns desenhos, afinal, game jam é experimentação também!
Um ponto muito positivo da Global Game Jam é o fato de reunir muitas pessoas em um mesmo lugar.
Conhecemos um colega lá mesmo, na hora, que se mostrou ser um ótimo programador de jogos. Essa oportunidade de criar novos contatos é extremamente importante.
Todos os participantes foram reunidos na sala para assistir ao vídeo de apresentação da GGJ 2016 e conhecer o tema desse ano, que foi “Ritual”.
Achei o tema muito bom. Na verdade, praticamente todos gostaram do tema. A Indie House ofereceu lanche para todos enquanto pensávamos no tema e algumas equipes terminavam de ser formadas.
Pensei em um ritual indígena. Me veio à cabeça aquela brincadeira de cacique que quase toda criança já fez na escola, em que todos ficam em roda imitando os gestos de um escolhido para ser o cacique. A criança que ficou de fora precisa olhar para todos na roda e descobrir quem é o cacique que está fazendo os gestos antes de todos os outros.
Então, os demais membros da minha equipe aceitaram o conceito do jogo e começamos todos a trabalhar nas regras e Game Design. Em pouco tempo já iniciamos os trabalhos.
Por se tratar de um jogo com mecânica simples, já tínhamos um primeiro protótipo em menos de 10 horas.
Isso nos deu oportunidade de trabalhar mais nos cosméticos da interface e inventar dois novos modos de jogo multiplayer.
Em game jams temos o tempo bem apertado. Normalmente, quem tenta fazer algo muito elaborado acaba deixando o game incompleto ou nem consegue terminar uma build jogável.
Terminamos o nosso game na madrugada de sábado para domingo, ou seja, tínhamos ainda umas 14 horas para melhorá-lo.
Decidimos, então, implementar um modo multiplayer e melhorar a interface com o usuário. Implementamos isso e ainda sobrou tempo para um segundo modo multiplayer (que não ficou balanceado, mas está funcionando).
Enfim, concluímos o CaSeek, nosso jogo da GGJ 2016. Ficamos todos muito satisfeitos com o resultado. Ficou um game simples, divertido e bonito, com opções de modo de jogo.
Clique aqui para ir para a página de CaSeek no site oficial da GGJ 2016.
Clique aqui para jogar CaSeek diretamente no navegador (não funciona no Chrome).
Deu tempo para conferir os jogos das outras equipes e ainda cair na piscina para relaxar um pouco. 😎
Ao final, todas as equipes foram novamente reunidas na sala, ocasião em que mostraram seus jogos para todos os participantes da GGJ que estavam na Indie House. Esse foi um momento muito divertido!
Com o fim do evento, muitos ainda ficaram por lá, conversando, confraternizando, jogando futebol no gramado ou só desmontando as barracas que alguns levaram para ter um cochilo mais confortável.
Os momentos de socialização que a Global Game Jam oferece aos seus participantes é muito enriquecedor.
Percebi que alguns participantes não ficaram muito felizes com membros de suas equipes, mas esse tipo de coisa pode acontecer quando se conhece alguém na hora.
Essa experiência que tive com a GGJ 2016 demonstrou que vale muito a pena, em game jams, pensar em um jogo bem simples e depois de pronto, ter tempo para implementar novas características e atributos, trabalhar melhor nos detalhes gráficos ou ainda corrigir os bugs.
Sem dúvida, a Global Game Jam é uma experiência fantástica para todos que curtem a área de desenvolvimento de jogos, seja amador, profissional, entusiasta ou só curioso.
Então, já sabem: logo depois do reveillon, comece a procurar um lugar para participar da Global Game Jam!! É fantástico!
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